Matemática com Informática
Atualmente, vários professores de matemática buscam na informática, na interatividade e nos softwares uma maneira para atrair a atenção dos alunos para a disciplina.
No Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o professor Seiji Isotani está trabalhando com softwares interativos e inteligentes voltados para a educação matemática há mais de dez anos.
"São softwares que buscam ensinar a disciplina de uma maneira mais eficiente e com maior interatividade", explica o pesquisador do Departamento de Sistemas de Computação.
"O software iGeom é um exemplo. Desenvolvido sob supervisão do professor Leônidas de Oliveira Brandão, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, o iGeom é uma ferramenta gratuita para ensinar de maneira ativa e interativa, que pode ser usado no ensino fundamental, médio e superior.
Por intermédio do programa é possível, por exemplo, determinar a localização do ponto médio, estudar as funções de seno, cosseno, tangente, modelos matemáticos, algoritmos e recorrências (que é uma única figura repetida várias vezes em pontos específicos). Tudo isso de forma interativa e visual.
Programa para Ensino de Matemática
Já o MathTutor/AdaptErrEx é um software inteligente voltado ao ensino de matemática (por exemplo, decimais).
Por meio de técnicas de inteligência artificial, o software ajuda passo a passo o aluno a compreender (e resolver) problemas de matemática, bem como os vários componentes de conhecimento envolvidos. O aluno somente avançará para a próxima etapa da aprendizagem se adquirir os conhecimentos necessários.
O software também tem a capacidade de avaliar onde está a dificuldade do estudante, dando dicas para que este pense e identifique onde errou através de um dispositivo gráfico. Comparando esses gráficos e a informação coletada pelo software, o professor pode avaliar tanto o desempenho individual do estudante como o desempenho da classe como um todo.
Esse projeto é desenvolvido por Isotani há dois anos em parceria com pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh (EUA), e é baseado nas teorias desenvolvidas por essa universidade, estando no momento disponível apenas nos Estados Unidos.
"Na escola nunca recebemos um auxílio individual, pois o professor tem que cuidar de classes com 30, 40 alunos e, sem a ajuda de ferramentas computacionais, ele não consegue identificar quais são as dificuldades de cada um.
"As perguntas mais complexas que necessitem de uma maior explicação são esclarecidas diretamente com o professor, contudo essas perguntas são menos frequentes.
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