Este blog tem como objetivo apresentar as principais questões relativas à cognição e suas relações com a área de Informática e Educação, de forma a introduzir o tema aos alunos da disciplina, levando-os a desenvolver um olhar crítico na área.
sexta-feira, 29 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
Manual do mundo
Logo para iPad
Medal of Honor e a construção da memória da Segunda Guerra Mundial
Escolas públicas apostam na tecnologia dentro das salas de aula
Conheça escolas brasileiras que trouxeram métodos modernos e aparelhos tecnológicos para dentro das salas de aula.
Participe da enquete: Investir em tecnologia nas aulas melhora o ensino?
Quem tem mais de 30 anos, quando estava na escola a aula era na frente. Um muro dividia o mundo, Plutão ainda era um planeta e suas pesquisas eram feitas só nos livros. Mas quem é mais novo e está agora na escola já se acostumou a encontrar informação em um clique. A escola mudou. Qual vai ser o papel da tecnologia na sala de aula do futuro?
Além de morarem na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, Maria Clara e Giovanni Barroso têm em comum o fato de estarem sempre na frente de uma tela.
Maria Clara já sabe mexer no computador.
Giovanni gosta tanto dos joguinhos que mal consegue prestar atenção em outra coisa. “Tem campo minado, xadrez, copa...” contou o menino, enquanto utiliza o laptop.
Os dois, tão acostumados a ter sempre uma resposta na ponta dos dedos, não sabiam, mas nas férias de verão a escola municipal em que eles estudam tava sendo posta de cabeça pra baixo.
As paredes caíram, agora é tudo um espaço só. E os móveis novos seguem o projeto pedagógico iniciado este ano.
“Os móveis têm múltiplos usos. A cadeira pode virar uma coluna, uma estante. O banco vira material de exposição. O banco vira uma estante, a estante vira banco. O projeto do ambiente da escola serve justamente a esse propósito de autonomia, construção, desconstrução, pensar, repensar”, diz o designer Jair Souza.
No primeiro dia de aula, a Maria Clara e o Giovanni tiveram uma surpresa: eles e os outros alunos do sétimo ano foram misturados com estudantes do oitavo e do nono ano. Do total de 180 alunos, formaram-se grupos de seis, para trabalhar em mesas redondas. Não há professor na frente da sala, não há um ponto para onde todos têm que olhar ao mesmo tempo. É onde a tecnologia entra no projeto da Rocinha: cada aluno vai usar um computador.
“A espinha dorsal desse tipo de trabalho aqui é tentar formar dentro do aluno o interesse em aprender. De dentro para fora. E assim ele vai buscar, na internet ou com as tecnologias, e a gente vai ajudar”, disse o professor de matemática Sérgio Luís de Matos.
Os professores passam a ser orientadores nessa busca de informações. E toda semana, os grupos de alunos vão mudar, de acordo com habilidades e necessidades detectadas em testes feitos nos computadores.
“Existem outras escolas inovadoras, não só no Brasil, mas em outros países do mundo também. A grande maioria delas aposta na ajuda das novas tecnologias pra auxiliar o aumento da qualidade da aprendizagem. A tecnologia é uma ferramenta, um facilitador”, explica o subsecretário de Novas Tecnologias Educacionais do Rio de Janeiro, Rafael Parente, sobre o porquê de a tecnologia exercer um papel tão fundamental.
Uma das escolas usadas como referência fica em Nova York. É chamada de School of One, ao pé da letra "escola do um". Nas aulas de matemática, os alunos chegam e vêem no mural o que vão fazer naquele dia. A tarefa é determinada pelo resultado de cada um nas atividades do dia anterior.
A diretora explica que, assim, os professores podem focar no ritmo de aprendizagem de cada aluno e não precisam esperar as provas pra descobrir as dificuldades deles.
O método é usado há três anos, e esses alunos começaram a se sair muito melhor nos testes estaduais de matemática.
Respeitar o tempo de cada um é a principal ideia de outro americano. Salman Khan estudou em Harvard, e foi tão bom aluno que teve o diploma entregue pelo então presidente Bill Clinton. Um dia, a sobrinha de Salman teve dificuldades em matemática. Ele morava longe e começou a explicar pela internet. Outros parentes pediram ajuda; Khan começou a postar as explicações. Hoje, esses vídeos têm mais de seis milhões de acessos por mês.
Salman Khan, que veio a São Paulo em fevereiro, diz que é coisa do passado ter 30 carteiras olhando para um quadro-negro, que os alunos não precisam andar juntos, compassados. “Não é preciso separar os alunos por idade, os mais velhos podem ajudar os mais novos”, diz. Ele fundou a Khan Academy e espalhou pelo mundo todas as videoaulas de matemática e de outras oito matérias.
A tradução para o português foi feita pela Fundação Lemann. E os vídeos chegaram a uma escola pública do bairro Capão Redondo, em São Paulo. É lá que Ana Beatriz de Souza estuda. Uma vez por semana, ela tem uma aula diferente.
Os alunos se organizam de acordo com os resultados conseguidos na semana anterior. Cada um deles pega o seu computador e começa a jogar. A Ana Beatriz está aprendendo subtração.
“Então a gente vai conseguindo passar de níveis. Eu já estou na Subtração II. Estou conseguindo e estou melhorando na matemática”, diz Beatriz. A regra do jogo é esta: a cada exercício que a Beatriz acerta, ela ganha um planeta do sistema solar. Quem dá asas à imaginação consegue transformar a aula numa grande aventura. “Se acertar tudo, vai chegar lá no sol”, conta a menina. Se a Beatriz acha difícil uma questão, e a viagem espacial é interrompida, ela busca na tela um dos vídeos do Salman Khan.
No fim, os professores recebem um relatório gerado pelo computador. Ficam sabendo na mesma hora quem precisa de ajuda, quem evoluiu e como a turma deve ser organizada na semana seguinte.
Em uma escola particular, também em São Paulo, cada um dos alunos têm, cada um, um tablet. Mas todos acompanham juntos as projeções feitas pelos professores. É como se as velhas apostilas ganhassem a uma versão virtual.
“O que nós fazíamos em 50 minutos, agora a gente consegue fazer em 10, 15. O professor ganha tempo, condição de melhorar as aulas e o aluno ganha muito mais conteúdo, conhecimento e prazer. A gente vê que eles fazem com prazer”, conta a professora Sandra Petracco.
O programa criado por uma empresa mexicana já foi vendido para 700 escolas na América Latina, 150 só no Brasil. Para o estudioso da informática educacional Henrique Sobreiro, é preciso avançar e mudar os métodos.
“Nós ainda estamos numa fase de usar a tecnologia para fazer as coisas velhas. Ou seja, fazer melhores provas, fazer o aluno prestar mais atenção, fazer o professor dar melhores aulas. O que a tecnologia serve é para aula, para escola, ser diferente”, analisa Sobreiro, doutor em educação pela Uerj.
A maior iniciativa do governo federal ainda aponta para a primeira etapa desse processo todo: a inclusão digital dos professores da rede pública. No ano passado, o Ministério da Educação repassou R$ 180 milhões aos estados para a compra de 600 mil tablets, que vão ser entregues a esses profissionais. Agora, aos poucos, os estados estão vendo o que fazer com a verba.
Em Minas Gerais, a Secretaria de Educação comprou 62 mil tablets, que vão ser distribuídos para todos os professores do ensino médio da rede pública. O primeiro grupo está sendo capacitado para o uso da nova tecnologia. O primeiro aplicativo instalado no tablet serve para ensinar os professores a usar a tecnologia touch screen. “Com a entrada da tecnologia, seja reinventando o tablet e outras coisas que vão para a sala de aula, a educação passa a ter um pouquinho mais de sentido para o aluno”, diz o professor Davi Barroso.
Experiências como a da Rocinha são mais caras: a escola custou R$ 3,5 milhões. Para conseguir esse dinheiro todo, a prefeitura fez parceria com 17 empresas.
“É uma falha pensar que existe uma privatização da educação quando isso sempre existiu. Eu acho que a cautela principal é: o que os alunos aprendem não pode ser influenciado pelas empresas. Elas podem até questionar, mas elas não podem decidir”, conta o subsecretário Rafael Parente.
E tudo ainda são apostas.
“São poucas experiências, mesmo em nível mundial, que tenham realmente uma mudança de paradigma da educação instalada nas suas escolas, que você possa medir o impacto da tecnologia”, avalia a doutora em psicologia da educação da PUC de São Paulo Maria Alice Setúbal.
“A importância da introdução da informática na escola não é para melhorar o rendimento escolar, é porque a informática faz parte do mundo. Então, se você não dá habilidades de começar a controlar essa máquina, você está retirando uma possibilidade de cidadania dela. A questão é como é que nós vamos melhorar a sociedade sem que, na escola, a gente ensine as crianças a dominar esse equipamento”, conclui Sobreiro.
terça-feira, 26 de março de 2013
Logo para desktop
Consegui baixar o XLOGO para desktop no Baixaki.
http://www.baixaki.com.br/download/xlogo.htm ( Java )
E brinquei com o jogo da velha que encontrei no site
http://xlogo.tuxfamily.org/pt/examples/tttalan.htm
Não achei nada para IPAD, alguém teve mais sorte?
Att
Élton
segunda-feira, 25 de março de 2013
Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação
SuperLogo
quinta-feira, 21 de março de 2013
Empresa criada com R$ 1,5 mil fatura R$ 1 milhão com aulas inovadoras
Neotrip fornece conteúdo didático para escolas e
universidades.
Empresa levou pista geradora de energia para congresso.
Lilian QuainoDo G1, no Rio
Em 2010, Maurício Calazans, engenheiro ambiental
formado pela Universidade Federal Fluminense, tirou do bolso R$ 1,5 mil para
começar sua empresa, a Neotrip, que cria plataformas
inovadoras de ensino para escolas e universidades. Hoje, diz ele, a empresa fatura
mais de R$ 1 milhão, e fechou um contrato com 19 universidades públicas do
estado do Rio de Janeiro para oferecer conteúdo educacional atraente e
inovador.
“A escola e a universidade vendem para o cliente
aulas divertidas e inovadoras, mas não sabem como fazer isso. Então nos
contratam para montar um projeto, criar e construir uma aula
prático e inovadora porque, com a experiência prática, o
aluno não esquece”, diz Maurício, um jovem que prefere não dizer a idade:
"Sou muito jovem", explica.
Maurício Calazans, da Neotrip, na EcoPista
(Foto: Lilian Quaino/G1)
Para ele, o desafio da empresa, que trabalha com
educação na área de inovação, é quebrar paradigmas, uma vez que o mundo da
educação, segundo pensa, é ainda muito tradicional.
“Os alunos querem matar aula porque é chato. A Neotrip não critica a teoria, porque é fundamental, mas
procura implementar ações práticas no ensino. E tudo
que é inovador tem um pouco de desafio e de barreiras porque as pessoas
só conhecem o antigo. O desafio maior é este, principalmente no setor público”,
diz ele.
Maurício explica que sua equipe de educadores,
respeitando o currículo oficial, traduz as aulas teóricas para aulas
práticas, levando para a escola o material didático digital e a dinâmica para
os alunos com educadores qualificados, focados em temas.
“Em vez de aprender fauna marinha no quadro negro,
os professores da Neotrip, junto com os da escola,
vão ensinar com o Projeto Extrapolando, com material digital”.
A empresa usa os mesmos recursos para atender a
empresas que buscam qualificar seus funcionários e executivos. A Neotrip atende a grandes emrpesas
do Rio de Janeiro.
“Mas nosso sonho é trazer projetos gratuitos para a
população com apoio governo e prefeitura”, afirma Maurício.
EcoPista
Para o Congresso Global de Empreendedorismo, que acontece no Rio, a Neotrip levou um produto que vai além das salas de aula de
educação ambiental: a EcoPista, uma plataforma que
gera energia quando se anda sobre ela.
“A EcoPista
é resultado da importação de uma tecnologia da Holanda, a gente pisa e gera
energia. Trabalhamos para desenvolver projetos para instalar a Ecopista em locais públicos.Imagine um quebra-molas
feito daquele material, com os carros passando e criando energia”, imagina
Maurício, explicando que vende muito a Ecopista
para eventos, uma vez que atrai muita atenção.
A Neotrip, que já
desenvolveu uma bicicleta capaz de carregar o celular a partir de pedaladas,
espera oferecer ao público em um ano ou um ano e meio uma bicicleta fixa para
se fazer exercício em casa e que com 40 minutos de pedaladas pode gerar energia
suficiente para sustentar a casa por um dia.
“Isso é o futuro, gerar energia com seu próprio
movimento e sem poluir”, explica Maurício.
Ele conta que a empresa ganhou outro impulso em 2011, quando o empreendedor
Alan James, da Experimental AD\Venture, uma aceleradora
da economia criativa, comprou parte da empresa, hoje sediada num casarão em
Santa Teresa, bairro da região central do Rio.
“A partir de então nos profissionalizamos
totalmente”, diz Maurício.
Ken Robinson afirma como as escolas matam a criatividade
Ken Robinson afirma que não obtemos o melhor das pessoas, por que não as educamos para serem pensadoras criativas, mas sim para serem boas trabalhadoras.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Nós da Educação 49: José Manuel Moran
O programa com o professor José Manuel Moran, doutor em Ciências da Comunicação pela USP, aborda o uso da internet na educação, em temas como a aplicação das diferentes mídias na educação e a aprendizagem colaborativa. 2008.
Fonte: TV Paulo Freire.
Educação Brasileira - Computador na Escola / Livros Digitais
O programa Educação Brasileira, da UnivespTV, acima, aborda dois temas interessantes: no primeiro bloco, a informática na escola, em particular, os tablets, numa entrevista com o professor da UNICAMP José Armando Valente; depois, no segundo bloco, a questão dos livros digitais é debatida com Jézio Hernani Gutierre, editor-executivo da Editora Unesp, que fala sobre o futuro do livro na internet e os planos da editora Unesp.
Fonte: http://blog.midiaseducacao.com/2012/09/o-computador-na-escola-e-os-livros.html
LABVIRT - Laboratório Didático Virtual
Cultura digital e escola
José Valente – Nós nos referíamos ao uso das tecnologias, principalmente dos computadores, desvinculado do que acontecia na sala de aula. Os alunos tinham basicamente aula de informática. Então, se ensinava Word, uma planilha, e tudo isso era desvinculado do que acontecia em sala de aula. Acho que isso mudou um pouco, nós não estamos mais tão vinculados a essa abordagem, embora muitas escolas ainda usem o laboratório de informática desvinculado do que acontece em sala de aula. É uma transição muito gradativa, e o professor está começando a aprender que essa tecnologia pode ser usada para desenvolver alguns assuntos relacionados ao que ele fala em sala de aula, relacionados com a disciplina. Começa-se a ter algum projeto usando tecnologia, professores complementando o que falam em sala de aula usando tecnologia, mas ainda vejo como um apêndice. Porque o controle de quem vai ao laboratório, quando se vai ao laboratório, em que circunstância se usa o laboratório, ainda é do professor. O aluno tem pouco controle desse processo. Com a possibilidade de se ter um computador para cada um, como chamamos o 'Projeto UCA' – um computador por aluno – esse aluno vai ter o computador na sua mochila, e aí eu penso que isso vai fazer uma mudança muito grande na maneira como essa tecnologia vai ser usada na sala de aula.
José Valente – Eu gosto muito de falar da questão da apropriação, e falamos sempre nos níveis. É um processo, não vai cair como um milagre. O professor não vai se apropriar disso instantaneamente. Acho que ele vai começar errando mesmo, tem que começar fazendo a coisa mais próxima do que ele faz, que é o giz e o quadro. Agora, o que ele precisa desenvolver é um espírito crítico, de modo a criticar isso, e sempre procurar um estágio mais avançado. "Como é que eu posso melhorar?". Eu também já fiz o meu power point com sons. Agora, o problema é que não podemos parar aí. Temos sempre que estar criticando, e falar: "Como é que eu posso melhorar? O que tem de novo que eu posso colocar?". E com isso vamos gradativamente mudando os estágios. Entender, por exemplo, que temos os novos recursos, que recursos podemos usar além da imagem? Eu estou usando bem a imagem? Essa imagem que estou colocando aí fala alguma coisa? Está relacionada com o assunto, ou é simplesmente um enfeite que eu coloquei para ficar bonito e não tem informação nenhuma? Porque o leitor está procurando as informações. Se eu não falo qual a relação que tem entre o assunto que estou desenvolvendo e a imagem que eu coloquei, ele fica perdido. Porque ele pode ler a imagem do jeito que quiser. Então, esse processo de entender isso, os letramentos, como estamos falando, passa por esses estágios em que utilizamos da maneira que sabemos, mas gradativamente teremos que fazer esse movimento de ir avançando, e procurando outros estágios. Isso aconteceu com toda tecnologia. Se pensarmos no cinema, por exemplo, inicialmente era como o teatro. Era o teatro filmado. Mas logo eles começaram a perceber que podiam fazer mais. E hoje temos uma indústria do cinema que é totalmente diferente da indústria do teatro. Esse mesmo processo acontece com a tecnologia. Não sou contrário ao fato de o professor fazer as coisas como ele faz, e que são muito semelhantes ao que ele fazia antes, no lápis e no papel. O que é preciso é que ele dê um salto e não fique nesse estágio. Nesse sentido, os alunos podem ajudar muito, porque eles estão vivendo, numa rapidez muito grande, esse desenvolvimento tecnológico, e estão se apropriando de uma maneira muito mais rápida do que o professor. É importante fazermos parceria com o professor, notarmos a maneira como ele está usando a tecnologia, e aí incorporar isso nas nossas práticas. E, gradativamente, ir mudando nesses estágios, nesses processos de apropriação.