segunda-feira, 25 de março de 2013

Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação

Os capítulos do livro Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação, organizado por José Armando Valente estão neste link http://pan.nied.unicamp.br/publicacoes/publicacao_detalhes.php?id=19
Na semana passada, contribui citando Valente para sustentar um post que falei sobre jogos e simulação.  Gostaria de citar aspectos deste livro para nossa reflexão .
Fala-se muito sobre a inclusão digital no conceito de consumerização ou “popularização” de notebooks, tablets e smartphones, mas será que esta inclusão digital foi qualitativa ou significativa para educação e cognição dos usuários destes dispositivos?
Uma das repostas ser (FRÓES, 1995) “A utilização de recursos informatizados na Educação tem sido motivada ultimamente pela demanda natural que a própria informática provoca: pressionadas pela crescente participação de computadores nas diversas atividades do nosso cotidiano, reforçada nos apelos da “mídia”, que envolve as pessoas no consumo alienante de novas tecnologias, as escolas, muitas vezes sem uma preparação conveniente, investem na “informatização do ensino”.
Ainda não houve uma mudança significativa no ensino da informática, pois não existe diferença entre o quadro, o retroprojetor, o data show e a lousa digital, se o docente, como mediador do ensino, não adotar o paradigma construcionista.  Infelizmente ainda existem escolas onde são ministradas aulas de como usar planilhas eletrônicas, ao invés do professor utilizar estas planilhas eletrônicas, como ferramentas para reforçar o ensino de fatoração, logaritmos, porcentagem, exponenciação e boa parte da matemática pura. Por que um professor de ensino superior não utiliza um software de editoração eletrônica estudo dos efeitos das cores ou em fundamentos de marketing, ao invés de receitas de bolo, como modelos para elaborar cartões de visitas, cartazes e jornais? Professores do ensino fundamental poderiam utilizar softwares de apresentação slides para incentivar a criatividade das crianças, contar histórias, elaborar resumos.                
Segundo Valente (1993), o computador para ser efetivo no processo de desenvolvimento da capacidade de criar e pensar e não pode ser inserido na educação como uma máquina de ensinar. Essa seria informatização do paradigma instrucionista. O computador no paradigma construcionista deve ser usado como uma ferramenta que facilita a descrição, a reflexão e a depuração de ideias.  


Referências

FRÓES, Jorge. O computador na Educação – Informática Educacional:  Disciplina e Instrumento no Processo Educacional – XV Congresso Nacional de Educação, 1995.
VALENTE, José A. Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas (SP): UNICAMP, 1993.

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