Os capítulos do livro
Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação, organizado por José Armando
Valente estão neste link http://pan.nied.unicamp.br/publicacoes/publicacao_detalhes.php?id=19
Na semana passada, contribui
citando Valente para sustentar um post que falei sobre jogos e simulação. Gostaria de citar aspectos deste livro para nossa reflexão .
Fala-se muito sobre a inclusão
digital no conceito de consumerização ou “popularização” de notebooks, tablets
e smartphones, mas será que esta inclusão digital foi qualitativa ou
significativa para educação e cognição dos usuários destes dispositivos?
Uma das repostas ser (FRÓES,
1995) “A utilização de recursos informatizados na Educação tem sido motivada
ultimamente pela demanda natural que a própria informática provoca:
pressionadas pela crescente participação de computadores nas diversas
atividades do nosso cotidiano, reforçada nos apelos da “mídia”, que envolve as
pessoas no consumo alienante de novas tecnologias, as escolas, muitas vezes sem
uma preparação conveniente, investem na “informatização do ensino”.
Ainda não houve uma mudança
significativa no ensino da informática, pois não existe diferença entre o
quadro, o retroprojetor, o data show e a lousa digital, se o docente, como
mediador do ensino, não adotar o paradigma construcionista. Infelizmente ainda existem escolas onde são ministradas aulas de como usar planilhas eletrônicas, ao invés do professor utilizar estas
planilhas eletrônicas, como ferramentas para reforçar o ensino de fatoração,
logaritmos, porcentagem, exponenciação e boa parte da matemática pura. Por que
um professor de ensino superior não utiliza um software de editoração
eletrônica estudo dos efeitos das cores ou em fundamentos de marketing, ao
invés de receitas de bolo, como modelos para elaborar cartões de visitas,
cartazes e jornais? Professores do ensino fundamental poderiam utilizar softwares
de apresentação slides para incentivar a criatividade das crianças, contar histórias,
elaborar resumos.
Segundo Valente (1993), o
computador para ser efetivo no processo de desenvolvimento da capacidade de criar
e pensar e não pode ser inserido na educação como uma máquina de ensinar. Essa
seria informatização do paradigma instrucionista. O computador no paradigma construcionista
deve ser usado como uma ferramenta que facilita a descrição, a reflexão e a
depuração de ideias.
Referências
FRÓES, Jorge. O computador na
Educação – Informática Educacional:
Disciplina e Instrumento no Processo Educacional – XV Congresso Nacional
de Educação, 1995.
VALENTE, José A.
Computadores e Conhecimento: Repensando a Educação. Campinas (SP): UNICAMP,
1993.
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